JUSTIFICATIVA:

 

CECÍLIA MARIA DE FREITAS, brasileira, casada, do lar, nascida no dia 06 de abril de 1919, na cidade de Faxina (atual Itapeva), filha de Antonio Olímpio de Oliveira e de Amantina Maria da Conceição.

 

Ainda em sua adolescência, seus pais se mudaram para o município de Guapiara, precisamente no Bairro do Pocinho de Baixo. Ali, juntamente com seus pais e mais nove irmãos, pois era a sétima na escala de nascimento, trabalharam na roça, plantando de tudo para a sobrevivência da família e comercializando a sobra.

 

Ainda, nos verdes anos de sua vida, 16 verdes mais precisamente, casou-se com Pedro Raimundo de Freitas, com quem teve cinco filhos: Beatriz, Waldomiro, Martha, José Carlos e Lélia.

 

Nos idos de 1950 seus pais e demais irmãos se mudaram todos para a Manchester Paulista, Sorocaba, permanecendo somente ela em Guapiara até 1965, quando também migrou com sua família para esta abençoada terra de Baltazar Fernandes, onde contribuiu para o encaminhamento de seus filhos mais novos e netos, outros com ela vieram a residir.

 

Seus primeiros 55 anos transcorreram como a de todas as demais mulheres do seu tempo: cuidava do lar, ajudava o marido e criava os filhos.

 

Aliás, como os demais 95% das mulheres de então, não freqüentou nem sequer a escola primária, isto é: não foi alfabetizada, permanecendo assim, nessa "cegueira" até os 55 anos, quando ingressou no programa do Governo Federal, que passou a cuidar da alfabetização de adultos, ou seja, o MOBRAL.

 

Assim Cecília se alfabetizou, aprendeu a ler a escrever, tornando-se eleitora com quase 60 anos, quando votou pela primeira vez e o fez em Franco Montoro, quando este se candidatou a Governador de São Paulo.

 

Pobre a vida toda e assim viveu até o fim. Com muita dignidade criou todos os filhos, orientou-os para o bom combate, ensinou-os que o trabalho dignifica o homem e terminou seus dias com todos ao seu lado: filhos, noras e genros, netos, bisnetos e um trineto.

 

Depois de uma longa enfermidade (Alzheimer), ao lado daqueles que amava e por quem era amada, veio a óbito no dia 1º de julho de 2010, aos 91 anos de idade, deixando atrás de si um exemplo de mulher, que pela imensidão do seu amor e grandeza de espírito, tudo suportou em prol de sua família. Exemplo de mulher, de mãe, de avó, bisavó e tetravó, desfruta hoje o sono dos justos.

 

Essa é a modesta biografia de Cecília Maria de Freitas, sorocabana de coração, que pela simplicidade de vida que levou e pelo exemplo que transmitiu de dedicação àqueles que amava, peço aos meus pares que perpetuemos o seu nome aprovando este projeto que denomina "CECÍLIA MARIA DE FREITAS" - CIDADÃ EMÉRITA, uma via pública de nossa cidade, mais precisamente no Conjunto Habitacional Jardim Carandá, no qual estamos exaltando a natureza, principalmente a rica flora brasileira, que ela tanto amava e que no meio dela permanecia a todo tempo que dispunha para isso, cultivando as flores e plantas, principalmente as frutas e hortaliças.

 

Diante de todo o exposto, o autor deste projeto ficará gratíssimo para sempre com seus pares: Nobres Vereadores desta Colenda Casa, que desde Baltazar Fernandes, passando por Rafael Tobias de Aguiar e por todos os demais Edis que a engrandeceram com seus trabalhos parlamentares traçando as diretrizes para o crescimento desta magnífica cidade, que tanto nós amamos. O muitíssimo obrigado como um dos filhos da homenageada.